Registros indicam que os japoneses
iniciaram o cultivo de arroz em campos alagados e tornaram-se uma
sociedade agrícola por volta de 2.500 a.C.. Desde essa época, os
japoneses passaram a ter como alimento principal o arroz. No séc. VIII,
passaram a fazer suas refeições utilizando os “ohashi”, famosos palitos
de origem chinesa.
A refeição para os japoneses é
constituída do prato principal, denominado “gohan” ou “meshi”, e a dos
acompanhamentos, denominada “okazu”. “Gohan” é o arroz cozido sem
tempero. “Okazu” são pratos de verduras, peixes e outros, temperados com
“Shoyu” ou “Misso” que são condimentos à base de soja fermentada. O
ator principal da mesa de refeição é o arroz, rico em carboidrato e
proteína de origem vegetal.
Um grande acontecimento na história da
vida alimentar dos japoneses foi a introdução do budismo no Japão no
século VI, que proíbia a matança de seres vivos. Até então, os japoneses
alimentavam-se não só de peixes e crustáceos, mas também de animais
silvestres caçados, como veados, javalis e outros.
Era raro criar animais domésticos para
fins de alimentação, isso se limitava praticamente à criação de aves
(galinhas). Segundo o xintoísmo, as galináceas eram aves sagradas
mensageiras de deuses, criadas tanto como despertador quanto para a
rinha (luta de galos). Além disso, no Japão não se ordenhava leite de
animais domésticos para beber nem havia alimentos derivados de
laticínios, como a manteiga e o queijo.
Nos séculos VII e VIII, quando o Estado
passa a ser administrado seguindo os preceitos do budismo, os
imperadores promulgavam com freqüência leis que proibíam o uso de
animais para alimentação. Foi necessário um longo tempo para que o povo
se esquecesse do gosto da carne, mas sabe-se que por volta dos séculos
XI e XII a proibição já tinha se tornado de domínio público, e as
pessoas passaram a sentir peso na consciência ao consumir carnes,
principalmente no caso de mamíferos. Com isso, para os japoneses que
aboliram a carne, a iguaria mais apreciada passou a ser o prato de
peixe. O Japão é um país insular com litoral bastante longilíneo, rico
em recursos alimentícios obtidos do mar, como peixes, crustáceos e
plantas marinhas e os japoneses assim se tornaram o povo que mais
aprecia os pratos de peixe do mundo.
Para os japoneses a maneira mais gostosa
de saborear o peixe é o “sashimi”, finas fatias de peixe in natura
seridos com raiz forte e shoyu. O peixe que não pode ser servido como
“sashimi” porque não está mais tão fresco, é consumido assado
normalmente na brasa apenas temperado com sal. Quando o peixe não está
mais fresco a ponto de não poder ser saboreado assado é próprio para ser
cozido com os temperos como “misso” ou shoyu e sakê, com o acréscimo de
condimentos como o gengibre.
A filosofia de arte culinária no mundo
preconiza: “Arte culinária significa transformar, com o uso de técnicas
criadas pelo homem, em comestível aquilo que não pode ser consumido in
natura. Outrossim, arte culinária é a criação de sabor não existente na
natureza”. Em contrapartida, a filosofia da arte culinária tradicional
do Japão enfatiza algo paradoxal: “O ideal da arte culinária consiste
justamente em não se recorrer à arte culinária”. Deve-se limitar ao
mínimo possível a interferência da tecnologia no gênero alimentício e
deve-se consumi-lo o mais próximo possível do seu estado natural.
hummmmmmmmmm... Gostei do novo visual daqui. Apropriado e com gostinho de curiosidade. Bom levantamento histórico.
ResponderExcluirRestaurantes visitados?
Quero saber de TUDO kkkkkk...
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Beijos